sexta-feira, julho 25, 2008

A Fronteira Norte do Território Alcacerense em contexto Almorávida: A Sierra de Gredos.




Imagem retirado do youpath.blogspot. (Área proxima do Pico Almansor)


Al Idrisi, quando no século XII, descreve o espaço administrativo de al-Qasr, apresenta a listagem das cidades que obedeciam a Alcácer (Badajoz, Coria, Alcantara, Cáceres, etc), indicando laconicamente, que a fronteira Norte confinava com o Reino de Leão, na área serrana da Sierra de Gredos.
Desconhecemos se o limite incluia o Pico Al- Mansur, (Nome em honra de Ibn Amir al-Mansur, que escolheu Alcácer para Base Naval em contexto Califal). O Pico, encontra-se sempre coroado de neve a mais de 2 300 m de altitude.
As fronteiras procuram sempre marcos simbólicos na paisagem, por isso não é descabido propor este pico na linha de fronteira incluido em território alcacerense.

7 comentários:

Anónimo disse...

bonita imagem essa, 5*...

já agora aprovei-te e divulgue aqui no blog que o programa da RTP "Verão Total", vai passar por cá no dia 31. Publicidade nunca é de mais.
Irá ser bom, para a promoção deste concelho a nível mundial (RTP Internacional).
Espero lá ver também a divulgação da arqueologia e história de Alcácer do Sal.

ARC disse...

Caro Alcacerense.
A nossa história vai sendo divulgada a nível internacional. O que interessa não é o numero de curiosos que "tropeçam neste blog", mas sim quem fica fiel às novidades, quase sempre provenientes de vários paises da Europa e da America (USA, Canada e Brasil). De facto à dias fiquei surpreendido quando detectei uma pesquisa de um cibernauta de Omam (Sul da Península Arábica), que colocou no motor de pesquisa no google (em inglês), quem tinha construido Qasr Abi Danis, ou seja a nossa Alcácer do Sal. Trata-se de um bom sinal, porque mesmo no mundo académico internacional, as medinas islâmicas do lado Espanhol têm tido maior visibilidade que as nossas do Garb em território Português. Actualmente vão despertando muita curiosidade, mas existe muito trabalho por fazer. A grande novidade vai ser o Torrão em contexto Tardo Islâmico...
Voltando um pouco atrás. Para entendermos Alcácer é necessário conhecer oa diferentes "contextos geográficos". Esta cidade nunca se resumiu a um porto de mar, entrada ou saida. Ela foi mais do que isso. Tenho insistido na questão geográfica, porque as responsabilidades que lhe foram atribuidas ao longo dos séculos, falam-nos de outros aspectos da Nossa História Local. Temos que ser nós a escreve-la, não só pela proximidade geográfica, porque faz parte do nosso quotidiano, mas porque somos os "herdeiros do seu legado". Somos a unica terra em Portugal que tem este nome - Alcácer, que simboliza, o Palácio, Sede de Poder, Prestígio.
No dia 31 lá estaremos para falar sobre Alcácer.

ARC disse...

Quando tenho tempo, dou sempre um salto até à serra de Gredos. A zona de fronteira, desde a serra da Gata até Gredo pelo passo de Bejar é magnífico. Do alto da serra da Estrela, depois dos primeiros nevões, quando olhamos na linha do horizonte para ocidente, dá para perceber a linha de neve que cobre este sector da coordilheira central Ibérica, que parece delimitar uma fronteira. Era aí que se localizava a fronteira administrativa alcacerense no século XII. Quando atravessamos essa região, não é só a passagem do planalto arido, seco e despido de Castela/Leão, é a mudança de altimetria para cotas menos elevadas e o aumento da temperatura média desde Coria para Caceres, antecamera do calor torrido da meseta. Mesmo actualmente, demoramos horas e dias para percorrer esta região. Em contexto Medieval seria mais complicado e ainda está por entender como se faria a gestão deste território. Para mim só tem sentido em termos de delegação de funções... e algo parecido e "tolerado" como auto-gestão...

ARC disse...

Caro leitor Brasileiro!

Por lapso meu, apaguei o seu comentário.
Sobre aquilo que afirma, de facto tem razão quando se refer ao território Português. Neste caso é o território Espamhol que se encontrava figurado com maior expressão. Na zona de Cáceres e Cória (aNorte do Tejo) a fronteira oscilou bastante para sul e para norte do rio Tejo. Para facilitar a leitura e porque é quase impossível desenhar cartografia para todos os anos e meses do século XII, rectifiquei o mapa anterior e optei por apresentar um novo, que considerar o ano de 1111,data que no Garb coincide com a conquista de Santarém pelo Almorávidas. Coimbra vai sofreu nesta fase, dois cerco e uma ocupação de meses, mas por razões que desconhecemos (ou talvez não), foi abandonada pelos Almorávidas.

Anónimo disse...

coimbra em poder dos almoravidas?
interessante...

fui.

Anónimo disse...

Fiquei maravilhado com encanto de Alcácer do Sal, hoje na RTP. Sou habitante em Braga, mas com as raízes em Alcácer do Sal. Há muito tempo que não me desloco a Alcácer do Sal e hoje fiquei propositadamente colado ao ecrã para ver Alcácer do Sal mostrar todos os seus encantos e virtudes. Acho que a única palavra que me ocorre para descrever esta passagem da RTP por esta terra sadina é Encantado. Pensamos que um programa de seis horas é muito mas parece que não. Alcácer do Sal ainda tinha muito por mostrar, mas oportunidades não deverão faltar. Mas acho que a câmara fez um excelente trabalho, em seleccionar um bocadinho de cada, para mostrar tudo aquilo de bom que Alcácer tem e merece mostrar. E ainda mais quando se trata de uma televisão pública emitida para todo o mundo. Claro está, não podia ficar de lado a arqueologia, gostei bastante do apontamento resumido da cripta arqueológica e ainda mais sobre toda a escavação no museu Pedro Nunes. Gostava de saber mais pormenores desta escavação e também imagens claro está. E para não me estender muito no palavreado, o que interessa é que através de uma simples mas rica emissão, conseguiu-se elevar o bom nome de Alcácer.

Um bem-haja a todos aqueles que projectam o nome de Alcácer do Sal.
Jorge Santos

ARC disse...

Obrigado pelo comentário.
De facto Alcácer é uma terra especial e o programa de hoje na RTP é um bom exemplo de isso! Não imagina a quantidade de pessoas que durante todo o dia telefonaram para a Câmara e Posto de Turismo, curiosas em saberem mais sobre Alcácer. Em relação à escavação no Museu Pedro Nunes o trabalho é da responsabilidade da minha colega Marisol Ferreira. Os trabalhos estão a decorrer a bom ritmo e o espaço encontra-se aberto aos visitantes. Em relação a fotos, em tempo oportuno, serão divulgadas.
O nosso trabalho não fica só confinado a Alcácer, por isso dentro de dias estará à disposição dos interessados o vol nº 2(em PDF no site do Município), desta vez dedicado ao Torrão (História e Arqueologia). Estamos aqui para trabalhar, por isso disponha. Obrigado.