Como explica a sobrevivência de um culto cristão anterior ao período almóada, tendo em conta que os almóadas fizeram "tábua rasa" de tudo o que encontraram em Alcácer, incluindo até as próprias lembranças dos almorávidas. Não teria mais sentido que este culto tivesse surgido após a conquista definitiva de 1217?
Da mesma forma que se explica a manutenção da Ordem de Santiago em Alcácer do Sal após a primeira conquista em 1160. Em contexto Almorávida os moçarabes tinham alguma força. Em Coimbra e Toledo tinham medido forças com o denominado partido Francês. Os primeiros reis portugueses sempre tiveram uma relação algo ambigua com os moçãrabes e não morriam de amores por eles. Basta pensar na história da transladação das reliquias de S. Vicente para Lisboa por iniciativa moçárabe (sem conhecimento do rei) e a sua chegada de noite para evitar problemas com a fação cristã que seguia Roma. Em 1217 já os moçarabes portugueses estavam na defensiva e numa erosão de direitos. Por isso é que eu defendo o culto desde a primeira conquista. Apesar do domínio Almoada de Alcácer durante 26 anos, a situação anterior da 1ª Conquista foi restabelecida - Renova-se o Foral Forro dos Mouros, concede-se o Foral (para mim a recuperação do primeiro entretanto perdido), a cidade é de novo cedida à Ordem de Santiago, os limites do Termo (documento de D. Sancho I) é respeitado, etc. Porque não manter o anterior Patrono, São Vicente?
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Como explica a sobrevivência de um culto cristão anterior ao período almóada, tendo em conta que os almóadas fizeram "tábua rasa" de tudo o que encontraram em Alcácer, incluindo até as próprias lembranças dos almorávidas. Não teria mais sentido que este culto tivesse surgido após a conquista definitiva de 1217?
Da mesma forma que se explica a manutenção da Ordem de Santiago em Alcácer do Sal após a primeira conquista em 1160. Em contexto Almorávida os moçarabes tinham alguma força. Em Coimbra e Toledo tinham medido forças com o denominado partido Francês. Os primeiros reis portugueses sempre tiveram uma relação algo ambigua com os moçãrabes e não morriam de amores por eles. Basta pensar na história da transladação das reliquias de S. Vicente para Lisboa por iniciativa moçárabe (sem conhecimento do rei) e a sua chegada de noite para evitar problemas com a fação cristã que seguia Roma. Em 1217 já os moçarabes portugueses estavam na defensiva e numa erosão de direitos. Por isso é que eu defendo o culto desde a primeira conquista. Apesar do domínio Almoada de Alcácer durante 26 anos, a situação anterior da 1ª Conquista foi restabelecida - Renova-se o Foral Forro dos Mouros, concede-se o Foral (para mim a recuperação do primeiro entretanto perdido), a cidade é de novo cedida à Ordem de Santiago, os limites do Termo (documento de D. Sancho I) é respeitado, etc. Porque não manter o anterior Patrono, São Vicente?
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