segunda-feira, janeiro 12, 2009

História e Património de Alcácer do Sal, no programa A Alma e a Gente

No passado mês de Dezembro, José Hermano Saraiva este em Alcácer do Sal em trabalho de filmagens que contou com o apoio do Município.
Para quem não pode assistir, pode agora ver o documentário que foi emitido na RTP 2

http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=23320&idpod=21006&formato=flv&pag=recentes&escolha

9 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado.

Anónimo disse...

Gostei muito de ver o vídeo. Excelente homenagem à memória do professor João Carlos Faria.
No entanto surgiu-me uma dúvida: Afonso Henriques nunca conseguiu conquistar Alcácer? Estou a ver que os historiadores não estão de acordo quanto a esta questão. Mas isso agora não interessa. O que interessa é saber o horário da cripta arqueológica e quanto se paga para a visita. Ficaria imensamente grato se me desse essa informação.

ARC disse...

Até ao momento a entrada é gratuita.
O horário neste momento: 9:00-13:00 e das 14.00 às 17:30

Anónimo disse...

Entrada gratuita? Assim é que é falar Professor.
Ora aí está o maior incentivo à cultura que pode existir.
Não sei se é por causa da crise, mas a Câmara Municipal de Alcácer está de parabéns.

Anónimo disse...

Hermano Saraiva diz que Afonso Henriques nunca conseguiu conquistar Alcácer do Sal. Neste blog também foi dito que nunca foi encontrado nada nas escavações arqueológicas que provasse a existência de um alegado primeiro domínio cristão (de 1160 a 1191). Também foi encontrada uma moeda almóada anterior a 1191. Não será tudo isto uma prova de que não terá existido nenhum domínio cristão de 1160 a 1191?

Aguardo ávidamente a sua resposta...

ARC disse...

A afirmação de Hermano Saraiva é unicamente um lapso, que acontece, porque somos todos pessoas!
Em relação à questão que me colocou eu já respondi anteriormente neste Blog.
Textualmente, tanto os Cronitas Muçulmanos como Portugueses confirmam uma presença Portuguesa em Alcácer entre 1160 e 1191.
O problema de base é em relação ao testemunho arqueológico dessa presença, que continua a manter-se invisível, unicamente porque essas populações cristãs mantiveram em uso as formas muçulmanas.
A grande ruptura e abandono das formas islâmicas só acontece após 1217, porque a cerâmica almoada é por naturesa, um veiculo de propaganda do estado muçulmano.

Anónimo disse...

Obrigado por me ter elucidado. Só uma última questão: O facto de as cerâmicas muçulmanas se terem mantido durante o primeiro período de domínio cristão significa que esse período foi exclusivamente de domínio militar? Isto é: a verdadeira "cristianização" só se deu após 1217?

ARC disse...

É uma questão interessante, mas a cristianização de Alcácer foi forte desde o início. Em relação ao espaço rural é provável que a pressão portuguesa fosse menos intensa...pelo menos até 1180!
Em suma nessa fase não havia problemas ideológicos em usar as formas musulmanas, dado que estas eram neutras em termos de mensagem religiosa ou estatal. O que se procurava era o aspecto funcional para o duro quotidiano. Tudo mudará quando chegam os almoadas, onde a cor e as legendas em árabe implicam compromissos ideologicos, religiosos e politicos.

Anónimo disse...

Professor António Rafael Carvalho, (desculpe esta insistência, mas aprendemos mais nestes blogs do que nas cadeiras da faculdade) disse que era a minha última questão, mas como estou a achar esta conversa muito interessante, e sem querer ser chato, vou lhe pôr outra questão: quando disse "cristianização" estava a referir-me à população "civil", se a maioria da população era ou não muçulmana. Em relação aos almóadas, quando referiu que depois de 1217 existiu um abandono das formas islâmicas, então nesse caso, será que quis dizer que a conquista de 1217 terá sido a mais violenta de todas? Já que não poupou estas mesmas formas?