segunda-feira, outubro 13, 2008

Seminário Internacional sobre o Sal, em Alcácer



Dias 17 e 18 de Outubro, Alcácer do Sal recebe o III Seminário Internacional sobre o Sal Português. Sobre o mote “A paisagem do sal – Tradição e Inovação”, especialistas de diferentes países reúnem-se no auditório municipal da cidade para debater a história e a evolução dos salgados.

Depois de passarem por Aveiro, Figueira da Foz e Leiria, a organização, a cargo da Faculdade de Letras do Porto, escolheu para esta terceira edição um destino mais a Sul. Alcácer do Sal surge assim, acompanhando uma cartografia histórica da paisagem dos centros produtores de sal e do seu comércio, sendo que o estuário do Sado, de Alcácer do Sal até Setúbal, marcou profundamente as rotas internacionais, da Europa à América.

Dada a evolução histórica dos contornos do estuário, este espaço regista uma articulação da exploração do Sal que remonta à Antiguidade Clássica, ou mesmo à Pré-história. A história do salgado articula-se assim com a história da paisagem que o envolve, reflexo da acção do homem, respondendo às exigências dos consumidores e originando formas novas e inovadoras de exploração do sal, sem esquecer os procedimentos artesanais.

Será a partir destas mudanças, da evolução no tempo e no espaço, com novos exploradores, novos produtores e outras exigências, que os participantes irão abordar uma nova perspectiva de estudo: as paisagens do sal.

“A construção humanizada das paisagens húmidas”, “Trajectórias, linguagem do trabalho salícola, produção e mercados”; “Reconstituição das paisagens do sal” e “Os desafios do século XXI – o produto e as áreas de produção, os produtores e os consumidores” são os temas que estarão em debate.

No primeiro dia do seminário, os participantes vão viajar de Galeão do Sal até Bocas de Palma e vão visitar a Cripta Arqueológica do Castelo de Alcácer do Sal.

O seminário conta com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e os interessados poderão inscrever-se junto do Gabinete de Eventos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, mediante o pagamento de 5 e 15 euros, para estudantes e não estudantes, respectivamente.
Mais informações com Drª Fátima Lisboa - Gabinete de Eventos da FLUP – geci@letras.up.pt ou pelo telefone 22 6077123.
Texto do Site do Município de Alcácer

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostava de obter uns esclarecimentos em relação á arqueologia e ao concelho de alcácer:
1. O espólio presente na cripta foi todo encontrado naquele local, ou em variados sitios. Existe ainda mais espolio que dará entrada nesse mesmo espaço.
2. Qual é o destino de peças "repetidas", ou seja, existe variados exemplares por exemplo de lucernas iguais, qual é o seu destino.
3. É muito elevado o custo monetário em relação a execução de uma escavação arqueologica. Deparamo-nos com cortes no ministerio da cultura.

ARC disse...

Em relação à questão nº 1 - O espolio em exposição foi encontrado dentro do recinto amuralhado do castelo. Só a estatuária e a epigrafia são provenientes de outras partes da cidade de Alcácer. 2. As peças "repetidas". Elas estão guardadas nas reservas museológicas referentes à intervenção arqueológica da Cripta. O espolio está a ser estudado por vários investigadores. Ponto 3. Sim, uma escavação arqueológica não é barata. Requer meios específicos em meios humanos e logisticos que tem o seu preço de mercado.